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Meteorologia
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Precipitação Intensa
O que é?
As precipitações intensas são
fenómenos meteorológicos característicos do período do
Outono à Primavera, embora possam ocorrer em qualquer
altura do ano.
As precipitações intensas podem ser originadas por
fenómenos meteorológicos distintos, dividindo-se em dois
grandes tipos: precipitações moderadas e prolongadas e
precipitações muito fortes de curta duração (superior a
5 mm ou l/m2 por hora).
As precipitações moderadas e prolongadas devem-se ao
atravessamento sucessivo de sistemas frontais associados
a núcleos de baixa pressão, que, no caso de Portugal,
têm a sua formação ou desenvolvimento no Oceano
Atlântico.
Originam longos períodos de precipitação, por vezes com
a duração de vários dias, conduzindo à saturação dos
solos, e proporcionado a formação de cheias , com todas
as consequências associadas.
As precipitações fortes de curta duração são geradas por
fenómenos meteorológicos de origem convectiva,
caracterizados por aguaceiros violentos que,
frequentemente, se encontram associados a trovoadas e
por vezes até a granizo. Estas precipitações podem durar
apenas alguns minutos ou horas.
São fenómenos
de difícil previsão, que provocam rapidamente inundações urbanas
(habitações e estabelecimentos, ruas e estradas), pela dificuldade
de os colectores drenarem as águas pluviais que se concentram muito
rapidamente. Podem ainda causar deslizamentos de solos e sérios
prejuízos na agricultura e danos no ambiente.
Riscos
Além do risco iminente de morte durante o
processo de cheia, inundação ou enxurrada, os politraumatismos são
muito frequentes bem como situações de hipotermia, especialmente em
crianças e idosos, caso estes tenham permanecido em sítios alagados
durante um determinado período de tempo.
Os
eventos extremos de precipitação podem provocar interrupção dos
cuidados médicos, provocando agravamento de problemas médicos e
psiquiátricos.
Doenças relacionadas com as cheias
Gastroenterite, febre tifóide,
cólera, leptospiroses, hepatite A, malária, dengue, febre amarela,
febre West Nile,...
Conselhos
Se vive numa zona de cheia
- Adquira o bom hábito de escutar os noticiários da Meteorologia do
Outono à Primavera.
- Procure informar-se sobre o historial de cheias passadas.
- Identifique pontos altos onde se possa refugiar e que estejam o
mais perto possível de casa ou do emprego.
- Elabore uma pequena lista dos objectos importantes que deve levar
consigo numa possível evacuação.
- Pondere a hipótese de fazer um seguro da sua casa e do recheio.
- Arranje um anteparo de madeira ou metal para a porta da rua.
- Tenha sempre em casa uma reserva para dois ou três dias de água
potável e alimentos que não se estraguem.
- Mantenha a limpeza do seu quintal, principalmente no Outono devido
à queda das folhas.
Junte num estojo de emergência o seguinte material:
- 1 Rádio transístor e pilhas de reserva;
- 1 Lanterna e pilhas de reserva;
- Velas e fósforos ou isqueiro;
- Medicamentos essenciais para toda a família;
- Agasalhos, reserva de roupa e objectos;
- Artigos especiais e alimentos para bebés;
- Fotocópias de um documento de identificação para cada membro da
família;
- Fotocópias de outros documentos importantes.
Quando houver uma cheia:
- Mantenha-se atento aos noticiários da Meteorologia e às indicações
da Protecção Civil transmitidas pela rádio e televisão.
- Conserve o sangue frio. Transmita calma à sua volta.
- Acondicione num saco de plástico os objectos pessoais mais
importantes e os seus documentos.
- Coloque à mão o seu estojo de emergência.
- Transfira os alimentos e os objectos de valor para pontos mais
altos da casa.
- Liberte os animais domésticos e proceda à evacuação do gado para
locais seguros.
- Coloque um anteparo à entrada da casa. Retire do seu quintal
objectos que possam ser arrastados pelas cheias.
- Prepare-se para desligar a água, o gás e a electricidade, se for
caso disso.
Durante uma cheia
- Mantenha a serenidade.
Procure dar apoio às crianças, aos idosos e aos deficientes.
- Continue atento aos conselhos da Protecção Civil.
- Prepare-se para a necessidade de ter de abandonar a casa.
- Desligue a água, o gás e a electricidade.
- Não ocupe as linhas telefónicas. Use o telefone só em caso de
emergência.
- Não caminhe descalço nem saia de casa para visitar os locais mais
atingidos.
- Não utilize o carro. Pode ser arrastado para buracos no pavimento,
para caixas de esgoto abertas, ou até para fora da estrada.
- Não entre em zonas caudalosas. Há o risco de não conseguir
suportar a força da corrente, além de que pode ocorrer uma subida
inesperada do nível da água.
- A água da cheia pode estar contaminada com substâncias
indesejáveis. Não a beba.
- Procure ter sempre uma atitude prática perante os acontecimentos.
Se for evacuado
- Mantenha a calma e respeite as orientações que lhe forem
transmitidas pela Protecção Civil.
- Não seja alarmista.
- Não perca tempo.
- Leve consigo uma mochila com os seus pertences indispensáveis, o
estojo de emergência e uma garrafa de água e bolachas.
- Esteja atento a quem o rodeia. Podem precisar da sua ajuda.
Depois da cheia
- Siga os conselhos da Protecção Civil. Regresse a casa só depois de
lhe ser dada essa indicação.
- Preste atenção às indicações difundidas pela comunicação social.
- Facilite o trabalho das equipas de remoção e limpeza da via
pública.
- Ao entrar em casa, faça uma inspecção que lhe permita verificar se
a casa ameaça ruir. Se tal for provável, não entre.
- Não pise nem mexa em cabos eléctricos caídos. Não se esqueça de
que a água é condutora de electricidade.
- Mantenha-se sempre calçado e, se possível, use luvas de protecção.
- Opte pelo seguro. Deite fora a comida (mesmo embalada) e os
medicamentos que estiveram em contacto com a água da cheia, pois
podem estar contaminados.
- Verifique o estado das substâncias inflamáveis ou tóxicas que
possa ter em casa.
- Comece a limpeza da casa pela dispensa e zonas mais altas.
- Beba sempre água fervida ou engarrafada.
Bibliografia:
Autoridade Nacional de Protecção Civil (2010)
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